Em time que está ganhando não se mexe. A máxima do futebol também é aplicada com sucesso no cinema. E, num caso raro para o cinema nacional - o país do futebol, é bom ver um mesmo time vencer de novo. E de goleada. Em meio à eterna disputa da indústria cinematográfica brasileira em busca de espaço na longa fila de filmes comerciais norte-americanos, Se Eu Fosse Você 2, seqüência do maior sucesso nacional de 2006, surgiu como um trator e tirou do caminho alguns arrasa-quarteirões ianques (ou “enlatados americanos” para os ufanistas xiitas) e se tornou a maior bilheteria do país desde a retomada. Surpresa? De maneira alguma. Faro popular. Coisa que o diretor Daniel Filho, com sua larga experiência, tem de sobra. Dar ao público o que ele quer e pronto.
Longe de ser chato ou enfadonho, Se Eu Fosse Você 2 consegue arrancar risadas até daqueles que não botam fé alguma em produções nacionais com elenco global. Apesar de roteiro carecer de originalidade (digamos que o filme é uma mistura liquidificada de Sexta-Feira Muito Louca com Um Espírito Baixou em Mim e O Pai da Noiva) a dupla central consegue, graças a uma química perfeita, nos fazer esquecer este importante detalhe. Tony Ramos e Glória Pires retomam o papel do casal que troca de corpo e agora, bem mais a vontade, entram de cabeça nos personagens e seguram o filme inteiro nas costas, não se intimidando em realizar cenas constrangedoras para fazer o público rir. E ainda parece que se divertiram a beça. Principalmente Tony, que desde o Manolo da novela As Filhas da Mãe de Sílvio de Abreu não fazia um personagem cômico tão cativante. As cenas em que ele, encarnando a esposa, entra no apartamento de um amigo para urinar e a que entra como reserva num jogo de futebol são de chorar de tanto rir.
Já entre os coadjuvantes o destaque vai para Isabelle Drummond. A ex-Emília faz a filha do casal, então com 18 anos, que tem a ingrata tarefa de comunicar aos pais que está grávida. A partir daí a trama gira em torno dos preparativos do casamento da mesma. Mas as piadas, visuais e verbais, ainda continuam a saltar da tela como sapos na sua porta num dia de chuva. Algumas até forçadas, é verdade, mais ainda assim fazem a platéia rir. Se Eu Fosse Você 2 também é atrativo por ser uma continuação independente, ou seja, não precisa exatamente dos eventos do filme original para deslanchar. O filme só peca realmente no final, clichê e piegas, e ainda deixa uma descarada brecha para uma terceira parte, para quem sabe fechar com louvores a primeira franquia de sucesso do cinema brasileiro. Quem não gosta nem um pingo destes filmes de apelo popular (tipo os cinéfilos “cabeça” que só querem ver arte para divagar baboseiras em seus blogs sobre a lógica da arte) vai chiar bastante. Mas vendo pelo lado bom, esta é a fórmula do sucesso. Sucesso de público que há muito não se via. Deixe o preconceito de lado e corra pra ver enquanto ainda dá tempo.
NOTA: 9,5
Longe de ser chato ou enfadonho, Se Eu Fosse Você 2 consegue arrancar risadas até daqueles que não botam fé alguma em produções nacionais com elenco global. Apesar de roteiro carecer de originalidade (digamos que o filme é uma mistura liquidificada de Sexta-Feira Muito Louca com Um Espírito Baixou em Mim e O Pai da Noiva) a dupla central consegue, graças a uma química perfeita, nos fazer esquecer este importante detalhe. Tony Ramos e Glória Pires retomam o papel do casal que troca de corpo e agora, bem mais a vontade, entram de cabeça nos personagens e seguram o filme inteiro nas costas, não se intimidando em realizar cenas constrangedoras para fazer o público rir. E ainda parece que se divertiram a beça. Principalmente Tony, que desde o Manolo da novela As Filhas da Mãe de Sílvio de Abreu não fazia um personagem cômico tão cativante. As cenas em que ele, encarnando a esposa, entra no apartamento de um amigo para urinar e a que entra como reserva num jogo de futebol são de chorar de tanto rir.
Já entre os coadjuvantes o destaque vai para Isabelle Drummond. A ex-Emília faz a filha do casal, então com 18 anos, que tem a ingrata tarefa de comunicar aos pais que está grávida. A partir daí a trama gira em torno dos preparativos do casamento da mesma. Mas as piadas, visuais e verbais, ainda continuam a saltar da tela como sapos na sua porta num dia de chuva. Algumas até forçadas, é verdade, mais ainda assim fazem a platéia rir. Se Eu Fosse Você 2 também é atrativo por ser uma continuação independente, ou seja, não precisa exatamente dos eventos do filme original para deslanchar. O filme só peca realmente no final, clichê e piegas, e ainda deixa uma descarada brecha para uma terceira parte, para quem sabe fechar com louvores a primeira franquia de sucesso do cinema brasileiro. Quem não gosta nem um pingo destes filmes de apelo popular (tipo os cinéfilos “cabeça” que só querem ver arte para divagar baboseiras em seus blogs sobre a lógica da arte) vai chiar bastante. Mas vendo pelo lado bom, esta é a fórmula do sucesso. Sucesso de público que há muito não se via. Deixe o preconceito de lado e corra pra ver enquanto ainda dá tempo.
NOTA: 9,5
3 comentários:
Nossa, que nota alta, o filme realmente é ótimo graças a Tony Pires e Glória Ramos, que cada um consegue fazer os cacuetes de cada. Sensacional interpretação dos dois que se conhecem muito hein. Henrique meu velho, apareça, queria conversar algo contigo sobre os blogs. Me manda um e-mail ou algo assim, por favor. Valeu e sempre escrevendo muio bem...
A nota alta pouco tem a ver com a qualidade técnica do filme e mais com o grau de entretenimento. Deixei a crítica coesa um pouco de lado e me concentrei mais na diversão. Ou melhor, na quantidade de risadas por frame. Algo parecido com o que fiz no julgamento final de Corrida Mortal. That´s it!
Eu ainda não coloquei filmes brasileiros como prioridade na minha lista de filmes, teoricamente um filme de mudança de personalidade ou troca da personalidade com outro em nunhum lugar do mundo(menos no Brasil)teria uma continuação e com os mesmos atores.......
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