Você colocaria uma arma na mão de uma criança? Não, óbvio. Porém, ao fim da sessão de Corrida Mortal, a sensação que ficou foi que a Universal havia feito este absurdo com o diretor Paul W.S. Anderson. Anderson, claro, não é mais nenhuma criança, mas tem idéias tão malucas quanto uma. Dono de uma filmografia irregular pontuada por adaptações de vídeo-games, continuações bastardas de séries mortas e refilmagens desnecessárias (neste balaio apenas um filme original e verdadeiramente bom, O Enigma do Horizonte), além de idéias pra lá de bizarras, o cara ao menos tem autoridade de ter fazer o que bem entende com suas obras. E depois de assistir o ultra-divertido e exageradamente violento mais novo filme dele fica a questão: o que ele tem de tão especial para o estúdio financiar uma insanidade dessas? No frigir dos ovos, puseram uma arma na mão de uma criança.
Que fique bem claro: Corrida Mortal não é uma obra-prima do cinema. Por isto mesmo tratei de deixar meu senso crítico no sofá e entrei na platéia do público-alvo: aqueles moleques nerds loucos por adrenalina. Diversão escapista? Não. Diversão descerebrada. O filme é uma re-imaginação do clássico cult Corrida da Morte - Ano 2000, e por ser o que é, pouco lembra o original. Aqui realmente as corridas são mortais e acontecem dentro de um presídio de segurança máxima. Daí vocês tiram os tipos de competidores. E em meio a um bolo de clichês prisionais, temos Jason Statham como protagonista. Statham, bem se sabe, é uma espécie de Marcos Pasquim inglês - por fazer sempre o mesmo papel, só que com mais “talento” e mais agressividade (ou seria agressividade menos cômica?). Um legítimo anti-herói brutamontes do século XXI. Resumindo, uma escolha acertada para o papel. Sai da frente dele, então.
A trama em si é uma mera desculpa para as corridas, estas sim o óxido nitroso do filme. Parecidas com um jogo de vídeo-game live action, cada volta é mais carregada de ação e violência que muito filme inteiro por aí. Difícil conter o entusiasmo com as “batalhas” dos carros. As corridas são tão insanas que causam um torpor de euforia em qualquer ser humano que as assistas. Sem falar nos carros, verdadeiras máquinas de matar. A cena com o Encouraçado é impressionante de tão absurda. Ah, o filme ainda tem Joan Allen, canastrona até o último fio de cabelo, como a durona diretora do presídio e uma decotadíssima Natalie Martinez para elevar ainda mais a taxa de testosterona sanguínea. Mas, quem liga para elas quando Jason Statham está ao volante!? O filme só perde o fôlego no dispensável final feliz com um discurso paterno visivelmente pessoal do diretor. Depois de tanto corre-corre, tanto faz. Vale a pena assistir.
NOTA: 8,0
Que fique bem claro: Corrida Mortal não é uma obra-prima do cinema. Por isto mesmo tratei de deixar meu senso crítico no sofá e entrei na platéia do público-alvo: aqueles moleques nerds loucos por adrenalina. Diversão escapista? Não. Diversão descerebrada. O filme é uma re-imaginação do clássico cult Corrida da Morte - Ano 2000, e por ser o que é, pouco lembra o original. Aqui realmente as corridas são mortais e acontecem dentro de um presídio de segurança máxima. Daí vocês tiram os tipos de competidores. E em meio a um bolo de clichês prisionais, temos Jason Statham como protagonista. Statham, bem se sabe, é uma espécie de Marcos Pasquim inglês - por fazer sempre o mesmo papel, só que com mais “talento” e mais agressividade (ou seria agressividade menos cômica?). Um legítimo anti-herói brutamontes do século XXI. Resumindo, uma escolha acertada para o papel. Sai da frente dele, então.
A trama em si é uma mera desculpa para as corridas, estas sim o óxido nitroso do filme. Parecidas com um jogo de vídeo-game live action, cada volta é mais carregada de ação e violência que muito filme inteiro por aí. Difícil conter o entusiasmo com as “batalhas” dos carros. As corridas são tão insanas que causam um torpor de euforia em qualquer ser humano que as assistas. Sem falar nos carros, verdadeiras máquinas de matar. A cena com o Encouraçado é impressionante de tão absurda. Ah, o filme ainda tem Joan Allen, canastrona até o último fio de cabelo, como a durona diretora do presídio e uma decotadíssima Natalie Martinez para elevar ainda mais a taxa de testosterona sanguínea. Mas, quem liga para elas quando Jason Statham está ao volante!? O filme só perde o fôlego no dispensável final feliz com um discurso paterno visivelmente pessoal do diretor. Depois de tanto corre-corre, tanto faz. Vale a pena assistir.
NOTA: 8,0
Um comentário:
Gostei do filme em varios aspectos, como nas cenas de ação, nos carros que ficaram bem montados com as armas, mas nenhuma prezo vai sair de uma cadeia nos EUA dessa forma e ainda ao vivo para todos os americanos assistirem...
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