Vou falar: não sofro de guilty pleasure. Por isto, não tenho a mínima vergonha de admitir que gosto de Harry Potter. Vou mais além e digo que o meu filme preferido da série cinematográfica é Harry Potter e a Câmara Secreta. Mas, como um terço dos fãs do bruxo adolescente, conheço Hogwarts apenas pelos filmes. Pouco me importa se a cada novo longa eles deixam muita coisa dos enormes calhamaços escritos por J.K. Rowling de fora. Os filmes de Harry Potter esquentam a cada novo capítulo. Mas parece que resolveram dar uma esfriada e esta nova empreitada apesar de muito boa, torna-se a mais fraca até aqui.
Tido como a primeira parte da trilogia de encerramento da série nos cinemas, Harry Potter e o Enigma do Príncipe parece querer mesmo ser tratado como um filme de abertura. É o primeiro longa dos seis que não deve ser visto como um capítulo independente. De certa forma exige conhecimento da saga ao mesmo tempo que parece querer fechar um cerco de conclusões. HP e o Enigma do Príncipe também é o primeiro capítulo a terminar aberto, deixando muita coisa inconclusiva e, por incrível que pareça, não é tão envolvente como os demais. Parece também ser o mais longo por se tornar cansativo em determinados momentos. Harry Potter agora tem que lutar contra um mal mais presente, menos abstrato. Hogwarts deixou de ser um lugar seguro e até o mundo dos trouxas está ameaçado. Por conta disto o diretor David Yates, novamente no comando da aventura, caprichou ainda mais no tom sombrio, utilizando de uma fotografia escura em seu favor. Pouco se vê de luz, e o que é visto parece ser de um dia nebuloso. E embora a maldade e o perigo sejam palpáveis e um senso de apreensão e urgência dite a velocidade da história, Yates pisou no freio e se concentrou menos em batalhas e cenas de ação, deixando os sentimentos e a relação entre os personagens serem a espinha dorsal do filme.
Um dos grandes acertos deste novo filme é a temática adolescente. Harry, Ronny e Hermione sabem que não são mais crianças e tentam lidar com o afloramento incontrolável de seus hormônios. Também sabem que ainda não são adultos, contudo, se sentem obrigados a lidar com situações que exigem extrema maturidade. Yates também estreita ainda mais a relação de admiração recíproca entre Dumbledore e Harry, tornando-a quase paternal. E ainda abre espaço para, enfim, grandes atores como Alan Rickman, Michael Gambon e Jim Broadbent (a mais nova surpresa da série) brilharem. Até Tom Felton (o Draco Malfoy) ganha mais espaço na trama. Mesmo assim, HP e o Enigma do Príncipe é um filme lento, menos intrínseco e impactante (muito embora haja a morte de um personagem principal no final). Faltou um clímax marcante. Mesmo com duas seqüências tensas e, até certo ponto, assustadoras - as cenas no milharal e na caverna com os zumbis -, faltou aquele grande momento de ação. David Yates estava mais interessado em contar a história que levará o desfecho, preparando terreno para, quem sabe, encerrar a saga de forma mais apoteótica. Harry Potter está amadurecendo a cada novo capítulo, mas ainda não quer usar de toda sua força. Ele não tem pressa porque isto pode custar sua vida. A grande batalha se aproxima. E nós estaremos aguardando ansiosos pelo seu início.
NOTA: 8,0
Tido como a primeira parte da trilogia de encerramento da série nos cinemas, Harry Potter e o Enigma do Príncipe parece querer mesmo ser tratado como um filme de abertura. É o primeiro longa dos seis que não deve ser visto como um capítulo independente. De certa forma exige conhecimento da saga ao mesmo tempo que parece querer fechar um cerco de conclusões. HP e o Enigma do Príncipe também é o primeiro capítulo a terminar aberto, deixando muita coisa inconclusiva e, por incrível que pareça, não é tão envolvente como os demais. Parece também ser o mais longo por se tornar cansativo em determinados momentos. Harry Potter agora tem que lutar contra um mal mais presente, menos abstrato. Hogwarts deixou de ser um lugar seguro e até o mundo dos trouxas está ameaçado. Por conta disto o diretor David Yates, novamente no comando da aventura, caprichou ainda mais no tom sombrio, utilizando de uma fotografia escura em seu favor. Pouco se vê de luz, e o que é visto parece ser de um dia nebuloso. E embora a maldade e o perigo sejam palpáveis e um senso de apreensão e urgência dite a velocidade da história, Yates pisou no freio e se concentrou menos em batalhas e cenas de ação, deixando os sentimentos e a relação entre os personagens serem a espinha dorsal do filme.
Um dos grandes acertos deste novo filme é a temática adolescente. Harry, Ronny e Hermione sabem que não são mais crianças e tentam lidar com o afloramento incontrolável de seus hormônios. Também sabem que ainda não são adultos, contudo, se sentem obrigados a lidar com situações que exigem extrema maturidade. Yates também estreita ainda mais a relação de admiração recíproca entre Dumbledore e Harry, tornando-a quase paternal. E ainda abre espaço para, enfim, grandes atores como Alan Rickman, Michael Gambon e Jim Broadbent (a mais nova surpresa da série) brilharem. Até Tom Felton (o Draco Malfoy) ganha mais espaço na trama. Mesmo assim, HP e o Enigma do Príncipe é um filme lento, menos intrínseco e impactante (muito embora haja a morte de um personagem principal no final). Faltou um clímax marcante. Mesmo com duas seqüências tensas e, até certo ponto, assustadoras - as cenas no milharal e na caverna com os zumbis -, faltou aquele grande momento de ação. David Yates estava mais interessado em contar a história que levará o desfecho, preparando terreno para, quem sabe, encerrar a saga de forma mais apoteótica. Harry Potter está amadurecendo a cada novo capítulo, mas ainda não quer usar de toda sua força. Ele não tem pressa porque isto pode custar sua vida. A grande batalha se aproxima. E nós estaremos aguardando ansiosos pelo seu início.
NOTA: 8,0
2 comentários:
eis que dei a mesma nota, ams só to bendo agora. juro. Um grande abraço e até a última sessão de cinema ou do cinema. valeu!
Eu amo HP, e tinha achado O enigma do Príncipe o melhor filme até então...não é pelo fato de já ter lido milhões de vezes a coleção...até pq a maioria dos que conheço adora O Prisioneiro de Askaban...acho que é pq sou estranha mesmo!kkk
Saiba que essa minha opinião até entáo é isolada...a falta de ação do filme foi o que mais me encantou, pq o que está por vim ficará bem mais excitante com a preocupação dada aos sentimentos dos personagens.
Já fui esculhambada por dizer isso de uma forma positiva, mas fazer o que né!kkk
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