Me deu dor de cabeça! Olha, eu já suportei asteróides em rota de colisão com a terra, o ataque japonês a Pearl Harbor, carros sendo jogados de um caminhão cegonha, rodas de trens sendo arremessadas contra carros e os Autobots lutando contra os Deceptcons no centro de Los Angeles; mas confesso que este Transformers: A Vingança dos Derrotados me deu dor de cabeça. Se a ordem era avacalhar na seqüência, Michael Bay conseguiu. Se a lei é dobrar e ampliar tudo o que tinha de bom no primeiro filme, Michael Bay cumpriu. Aliás, com seu fascínio sádico por explosões e destruição, acabou transformando a continuação de um dos melhores filmes de 2007 numa verdadeira bagunça.
Uma das coisas mais legais do primeiro Transformers era a novidade. A surpresa de ver os robôs quadrados do desenho animado ganharem contornos mais realistas e lutarem entre si de forma bruta numa trama que, apesar de longa, trazia um tom mais sério e mais adulto. E mesmo sendo um legítimo filme de Michael Bay e embora houvesse uma grande descrença que aquilo tudo pudesse funcionar, o longa agradou e surpreendeu. Mas o diretor resolveu chutar o balde. Com mais dinheiro nas mãos e a ambição de criar algo bem maior e que arrecadasse mais dinheiro, Bay transformou o filme inteiro numa grande piada. E daquelas de mau gosto, diga-se de passagem. O roteiro de Ehren Kruger, Roberto Orci e Alex Kurtzman (estes dois últimos, acreditem, os mesmos do novo Star Trek) foi escrito para que nada fosse levado a sério. Nem a trama e muito menos os robôs, o que aproxima mais ao clima infantil da nova série animada. E o diretor aproveita bem esse desleixo dos roteiristas e dá ao público o que mais sabe fazer: ação desnorteante e muita, mas muita firula estilística. Em meio a uma trama simples, meia dúzia de non sense e muita piada chula e apelativa, Bay remenda tudo com muita destruição e barulho. Se você tiver labirintite, por favor, assista a outro filme.
Mas algumas coisas até se salvam. Os efeitos visuais ainda são os verdadeiros astros do filme. A interação dos robôs com o ambiente e com os humanos beira a perfeição. Infelizmente Optimus e Bumblebee têm seu tempo em cena diminuído para abrir espaço para quase meia centena de novos robôs - alguns, inclusive, completamente descartáveis como certa duplinha metida engraçadinha. Entre os humanos, Shia LaBeouf ainda é o maior destaque, apesar de carregar o chatíssimo Ramon Rodriguez na sua cola querendo roubar a cena. Tenho que confessar uma coisa: mesmo Michael Bay sendo um diretor previsível e, de certo modo, intragável, o cara sabe comandar um espetáculo como ninguém. Vide a cena de briga na floresta e luta final dos robôs em cima das pirâmides. Até a edição está menos frenética que de costume (mas o slow-motion é usado em abundância). Visualmente impressionante e notadamente descartável, este é Transformers 2. Além de longo, cansativo, barulhento e um tanto divertido. E me deu dor de cabeça. Ao menos uma propaganda merece menção: mulheres comprem o sutiã da Megan Fox, este agüenta muita correria e até explosões no deserto!
NOTA: 8,5
Uma das coisas mais legais do primeiro Transformers era a novidade. A surpresa de ver os robôs quadrados do desenho animado ganharem contornos mais realistas e lutarem entre si de forma bruta numa trama que, apesar de longa, trazia um tom mais sério e mais adulto. E mesmo sendo um legítimo filme de Michael Bay e embora houvesse uma grande descrença que aquilo tudo pudesse funcionar, o longa agradou e surpreendeu. Mas o diretor resolveu chutar o balde. Com mais dinheiro nas mãos e a ambição de criar algo bem maior e que arrecadasse mais dinheiro, Bay transformou o filme inteiro numa grande piada. E daquelas de mau gosto, diga-se de passagem. O roteiro de Ehren Kruger, Roberto Orci e Alex Kurtzman (estes dois últimos, acreditem, os mesmos do novo Star Trek) foi escrito para que nada fosse levado a sério. Nem a trama e muito menos os robôs, o que aproxima mais ao clima infantil da nova série animada. E o diretor aproveita bem esse desleixo dos roteiristas e dá ao público o que mais sabe fazer: ação desnorteante e muita, mas muita firula estilística. Em meio a uma trama simples, meia dúzia de non sense e muita piada chula e apelativa, Bay remenda tudo com muita destruição e barulho. Se você tiver labirintite, por favor, assista a outro filme.
Mas algumas coisas até se salvam. Os efeitos visuais ainda são os verdadeiros astros do filme. A interação dos robôs com o ambiente e com os humanos beira a perfeição. Infelizmente Optimus e Bumblebee têm seu tempo em cena diminuído para abrir espaço para quase meia centena de novos robôs - alguns, inclusive, completamente descartáveis como certa duplinha metida engraçadinha. Entre os humanos, Shia LaBeouf ainda é o maior destaque, apesar de carregar o chatíssimo Ramon Rodriguez na sua cola querendo roubar a cena. Tenho que confessar uma coisa: mesmo Michael Bay sendo um diretor previsível e, de certo modo, intragável, o cara sabe comandar um espetáculo como ninguém. Vide a cena de briga na floresta e luta final dos robôs em cima das pirâmides. Até a edição está menos frenética que de costume (mas o slow-motion é usado em abundância). Visualmente impressionante e notadamente descartável, este é Transformers 2. Além de longo, cansativo, barulhento e um tanto divertido. E me deu dor de cabeça. Ao menos uma propaganda merece menção: mulheres comprem o sutiã da Megan Fox, este agüenta muita correria e até explosões no deserto!
NOTA: 8,5
Um comentário:
"Visualmente impressionante e notadamente descartável, este é Transformers 2."
Foi exatamente o que vi... :)
Postar um comentário